Ter um familiar idoso que começa a dar sinais de que pode correr riscos se ficar em casa sozinho é motivo de muita preocupação.
Pai ou mãe idosos – ou muitas vezes os dois – não têm mais facilidade em fazer pequenas atividades cotidianas ou desenvolveram doenças limitantes e os filhos, morando com eles ou não, precisam trabalhar, e geralmente já formaram família, não conseguindo se dedicar aos cuidados. Essa situação tem sido bastante comum, contribuindo para o crescimento de uma profissão que, hoje, é considerada indispensável: o Cuidador de Idosos.
Com o aumento da expectativa de vida e as baixas taxas de nascimentos no país, cada vez mais pessoas idosas precisam de atenção e cuidado, especialmente em relação à saúde, o que motivou o crescimento no número de profissionais especializados em cuidar de idosos no país. De acordo com dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), divulgados pelo Ministério do Trabalho, em dez anos, a quantidade de pessoas que atuam como Cuidador de Idoso aumentou 547%. Os dados constituem estudo no período de 2007 a 2017.
O que é preciso para ser um Cuidador de Idosos?
Para exercer essa função, é preciso ter o comprometimento de participar do dia a dia do idoso, sem deixar de apoiar e incentivar a autonomia de cada um, colaborando com a alimentação, medicamentos e higiene, e dando suporte também à saúde mental, garantindo assim qualidade de vida e bem-estar ao paciente.
O aumento do desemprego no país e da procura por Cuidadores de Idosos levaram muita gente a atuar sem nenhuma capacitação. A profissão exige uma boa formação e muito treinamento, afinal, é com a saúde de pessoas com capacidades limitadas que o profissional vai lidar, e a família precisa ter confiança no profissional que está contratando para cuidar do seu idoso.
É imprescindível aperfeiçoar as habilidades e ter conhecimento sobre envelhecimento, nutrição, noções de enfermagem e também direitos humanos. Ter empatia pela profissão e pela pessoa que cuida é essencial, assim como a capacidade de controlar as emoções. Para desenvolver um trabalho satisfatório e que preze pela boa relação, o Cuidador precisa ter equilíbrio emocional para conviver com as dificuldades do idoso e também da família, respeitando as limitações de cada um, com paciência e compreensão.
Muitas vezes, o Cuidador lida com pacientes que apresentam problemas neurológicos, demência, doenças crônicas e limitações físicas. Sem a devida capacitação, não há como garantir segurança no atendimento ao idoso, seja em casa, em clínicas, hospitais ou instituições de repouso.
Regulamentação – Cuidador de Idosos
Infelizmente, a profissão ainda não é regulamentada, mas as associações de Cuidadores de Idosos têm se mobilizado para mostrar a importância da valorização dessa atividade. Em setembro deste ano, a regulamentação foi tema de audiência pública na Câmara Federal, com a presença de representantes de associações de cuidadores. Conforme destacou a Agência Câmara de Notícias, eles chamaram a atenção para a necessidade de garantir os direitos, definindo as funções do Cuidador de Idosos e evitando o excesso de trabalho e a baixa remuneração.
Ainda não há definição de um piso salarial para a profissão, que, enquanto não for regulamentada, se enquadra na categoria de empregados domésticos. A remuneração do Cuidador no Brasil, portanto, fica entre um salário mínimo e R$ 1.500,00 por mês, dependendo da qualificação do profissional e do acordo feito com a família, a partir das horas trabalhadas – no entanto, é preciso cumprir a lei de 44 horas semanais. Dependendo da necessidade do acompanhamento do idoso, a família deve contratar dois cuidadores para revezar a função, além de um para trabalhar nas folgas.
Capacitação – Cuidador de Idosos
Para ser um profissional ideal para o mercado, não há outro caminho que não seja a capacitação. O CEAP (Centro de Educação Profissional Anisio Pedrussi) é uma das instituições que têm excelência no ensino e oferece curso de Cuidador de Idosos, preparando o aluno para executar as atividades diárias, do acompanhamento à reabilitação do paciente.
Desde 2002, o CEAP oferta cursos profissionalizantes, incluindo aulas práticas e estágios, e incentivando o aluno para que ele execute o trabalho com habilidade e competência.
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Por Denise Vilar