Os materiais perfurocortantes fazem parte do cotidiano dos profissionais que atuam na área da saúde. Eles são importantíssimos para o bom desenvolvimento dos seus trabalhos. E para evitar qualquer acidente, é preciso tomar todos os cuidados necessários durante o seu manuseio bem como para o seu descarte.
Todos os objetos que podem ser utilizados para cortar ou perfurar, que tenham partes rígidas ou pontiagudas, como as lâminas, pinças, seringas, vidros, agulhas, entre outros, são classificados como materiais perfurocortantes. E ao utilizá-los em procedimentos com sangue e outros fluidos, o material fica contaminado. Por isso é muito importante que o médico e os enfermeiros, bem como os profissionais com contato com esses materiais, façam o manuseio correto desse material para evitar se cortar ou furar e, dessa forma, contrair uma doença. Também é preciso se atentar para o descarte correto desses materiais.
Os cuidados com o material perfurocortante
Para evitar possíveis acidentes ao manusear os materiais perfurocortantes, é necessário evitar qualquer tipo de distração e usar corretamente os EPI’s (equipamentos de proteção individual), seguindo as orientações recomendadas em cada procedimento.
Jamais utilizar como anteparo os dedos, ao utilizar materiais perfurocortantes. Não reencapar ou desconectar manualmente agulhas. Se o material perfurocortante tiver dispositivo de segurança, acioná-lo corretamente.
É importante que os profissionais que trabalham com esse tipo de material mantenham todas as vacinas em dia, incluindo Hepatite B e Antitetânica.
Importância do uso dos EPI’s
Os Equipamentos de Proteção Individual, mais conhecidos como EPI’s, devem ser usados corretamente e precisam ter o registro do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), garantindo a qualidade e procedência.
Para cada procedimento a ser realizado na área da saúde, é indicado um tipo de EPI para garantir a segurança do profissional.
São equipamentos de proteção individual: as máscaras com filtro químico (para o profissional que vai manipular substâncias químicas tóxicas), as máscaras PFF/N95 (indicada para evitar doenças transmitidas pelas vias aéreas), luvas de borracha (proteção contra material biológico contaminado e produtos químicos), óculos de acrílico (proteger a mucosa dos olhos), protetor facial de acrílico (para proteger a face), avental impermeável, de manga comprida, bem como bota ou sapato fechado impermeável (para proteger a pele e a roupa).
A máscara cirúrgica e o gorro para cabelo, não possuem o registro como EPI, mas são considerados e super importantes para a proteção da mucosa oronasal, proteção do ambiente contra as secreções respiratórias dos profissionais da sala. O gorro protege o couro cabeludo e também o ambiente contra os cabelos que podem se soltar.
Além dos EPI’s também é essencial que os profissionais da área da saúde sigam os planos de biossegurança de cada local ou para cada atendimento.
Biossegurança
Descarte correto do material
A Anvisa orienta que os materiais perfurocortantes precisam ser descartados separados dos demais lixos. Sendo importante descartá-los logo após o seu uso, no local adequado, em recipiente rígido e resistente para evitar se romper ou vazar. Também devem ter identificação, contando a escrita “perfurocortante” e quando houver demais riscos à saúde, estes devem estar escritos, como, por exemplo, os materiais radiológicos ou químicos.
É muito importante certificar-se de que a caixa coletora de materiais perfurocortantes esteja em ótimas condições e montada corretamente, próximo ao local de realização dos procedimentos. Seu preenchimento não deve ultrapassar dois terços da sua capacidade e ela jamais pode ser reaproveitada. O descarte da caixa deve ser feito por profissionais capacitados. Além disso, ela deve ser lacrada corretamente.
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